agosto 18, 2011

Dona da minha alma…

Um risco inocente com os primeiros raios do dia. Uma flor quebrada pela ação da vida. Um moinho parado, um motor de arranque sem força. São mais do que simples imagens que brotam em meu rápido caminhar. São mais do que aquelas próximas laçadas de mão. É muito mais do que eu posso escrever sem lira ou vontade. Confuso nesta névoa me englobo, solitário e doente, em um plástico incolor e sem vida. Exatamente para me sufocar e achar significados em palavras antigas. Em achar beleza nas mãos que nunca vieram a mim. Em achar, nas tenras linhas de saber, o meu caminho perdido. Eu me sufoco para achar você, dona do sempre. Do meu e do seu sempre. Sem nome, sem passagem e sem cicatriz. Sem traços ou relva, sem brilho ou casaco, sem perfume ou penteado. Eu caminho procurando algo que talvez tenha ficado naquela distante esquina... Talvez eu saiba como fazer... Talvez minha poesia saiba...

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