É uma paixão, é uma tormenta, é um furacão e é da crueldade. São olhos que brilham. Olhos que sorriem. Olhos que marcam passos e paralisam uma história. É o convite da nobreza, um abraço de malvado, a carta mal encaminhada e o alarme que canta uma canção. Eu sei como fazer as mãos me encontrarem. Sei como fazer o ar faltar na hora certa. Sei até como te dizer as palavras, que rimam e lacrimejam os olhos. Sei de tudo, pois aprendi na surdina do sofrimento. Aprendi ao ler a história naquela ruela. Na que pisei no vinho derramado, que ouvi os lentos lamentos e indecifráveis desenhos na laje batida. Eu sei porque olhei para os meus lados e soube a hora certa de fazer a redondilha. Tudo tem um preço, alguns levaram a mais, outros pagaram de menos. No fundo, todos saíram no prejuízo, pois perambulam perdidos com pessoas ao lado, na falsa e ingrata ilustração de felicidade... Eles não sabem, eu sim.
2 comentários:
se sabe como fazer, porque não o faz?
Quem disse que não faço?
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