Eu queria orquestrar uma fuga. Uma fuga solitária e sem planos. Aquela fuga de episódios infinitos e que fosse alimentado sobre o único propósito do viver. Eu queria não ter volta e cruzar todos os horizontes. Não ser marcado pela falta e sim pela ansiedade de se ver mais um pôr-do-sol contigo. Não foram muitos, mas já são alguns. Uma fuga ou uma jornada em busca de algo completo, se é que o completo existe. Quanto tempo este mundo me sustentaria antes de acabar? Qual seria a sensação de sentir o mar imenso nos invadir? Qual o sabor da pétala que levas na mão e é o teu perfume? Queria fugir para te ter como poesia viva, como um livro, onde o início, enredo e fim seriam apenas você. Com verbos, orações e capítulos recheados de você. Da minha mais perfeita epopeia que de tão longe, só me faz querer sonhar com o perto e o infinito de possibilidades que poderiam se tornar verdade...
Um comentário:
Sr. Matheus, admiro suas publicações, acho que deveria pensar seriamente em escrever um livro.
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