Um brinde ao medo, ao desconforto de te fazer tremer. Um brinde ao caos interno, a rebenta sede de mudanças. Um brinde ao amor não correspondido, as cartas mentalmente assinadas e aos poemas em fotos coloridas. Um brinde aos risos perdidos, aos goles do excesso e as faltas de lembranças que deprimem no instante. Um brinde relembrando os passos não dados, as chances perdidas e ao telefone antigo... Um brinde ao beijo que nunca existiu, o pedido que nunca saiu e ao convite pra felicidade que nunca teve a cor da realidade. Um brinde ao relento salvador, a estrada que nunca parece terminar e ao vento que te faz acordar na morte de mais uma desilusão. Um brinde à vida, pois sem ela a poesia seria feita sem fatos, sem sangue e sem nada palpável. Sem ela as linhas seriam brancas de história e tudo seria vazio, sem sentido, sem o que buscar ou lutar...
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