Era um casamento no outono. Sempre tive a certeza que os melhores casamentos são no outono. A estação do ciclo, da renovação e de todo este entusiasmo do "começar de novo", sem um alarde, sem um pingo de alegria, mas com a energia do novo. Você estava lá e brilhava como uma pérola descoberta, uma infinita tormenta de beleza que fazia meus olhos lacrimejar de alegria, mesmo de preto seu brilho era absoluto. Você veio ao meu encontro, pousou sua mão em meu peito e com poucas palavras me beijou. Tudo era tão perfeito, tudo tão mágico e o mesmo sabor de antes me invadiu completamente. Até a hora da gravata. Você me olhou tão pura e disse: "Por que não veio com a gravata que te dei de presente?". Mais uma vez tudo sonhado e tudo perfeito. Mais uma vez com o gosto certo e quase infinito. Tudo isso não passava de mais um sonho com a realidade da distância e do silêncio me presenteando ao abrir os olhos. Mostrando que o único refúgio era sonhar contigo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário