Eu te busco em brilhos sem lembranças. Te busco em deixas sem prazer. Te busco em ruas cheias. Te busco naquela hora que suspiro. Te busco em nomes diferentes. Tento, traço e acabo contemplando um outro mundo de possibilidades. Nunca paro, até os raios mandarem... Coloco sempre a camisa que me lembra do primeiro telefonema. Aquele doce talvez... Aquele sorriso que não pude ver e acho que existiu. Eu tenho quase certeza que existiu... Mesmo sem ninguém ver, sem ninguém acreditar. Eu sonho que existiu e nunca lembro de ter sonhado. É uma avalanche que sempre me faz paralisar e acompanhar seu ritmo. É uma ferida sem rasgo aberto, mas que dedilha para o fim... A hora chegou e como eu nunca te encontro, volto a poetizar sabendo que isso tudo é feito para ninguém, além de papel e rouquidão.
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