junho 25, 2011

S.A.R. – Cap. 3 – Eu continuei sonhando…

Ainda sem saber se foi sonho...

Sofás separados, distantes por aquele espaço impossível de toque. Com ela, sempre risadas abafadas de desejo. Uma tentativa de toque, um perfume solto no ar. Brincadeiras dobradiças, leves toques inoportunos. Silêncio e mãos entrelaçadas. Se fosse narrar esta cena, alguma hora ouviria o roçar de pés, a respiração da tentativa, o molhar de lábios. Saio de cena e vejo o tudo. São piadas refeitas, doces indiretas, olhares ao monte. Eternos. Brilhantes. As mãos se unem, vencendo uma distância necessária. Tudo ou nada. Ele ri, ela também. Talvez foquem em diferentes anedotas comparativas. O que importa no fim? A saída tímida, o beijo enfim, o aperto dos corpos, os abraços além e até mesmo uma carta endereçada. Poderia ser uma história adolescente, um sonho desconexo, uma vontade escondida. Mas, acabou com ele sorrindo, ela indo e ele batucando uma canção de longe, enquanto ela decidia seu destino. Houve certo arrependimento dos dois, encontros desencontrados e toda aquela história que cansamos de ver em sinopses conhecidas. De apelidos parecidos e amigos falando das igualdades. O que contei agora parece um sonho realizado, após ver a vida repleta de intransitivos frios. Ela não me acordou, mas eu a deixei ir...

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