E se ela me perguntar não terei como mentir minhas vontades. Não terei como encobrir meus sonhos e meus desejos por ela. Não terei como desconversar quando ela perguntar aos meus olhos se eles enxergam outro futuro sonhado. Como também não vou mentir quando ela perguntar se meus versos não se inspiraram nela, pois todos são sobre seu brilho, seu jeito e minhas lembranças, mas se banham nesta solidão repentina que me fere a cada instante. A mesma solidão que me enclausura, me traz as belezas de rimas e imagens poéticas. A mesma angústia que me acorda pelas madrugadas, é a mesma que acalma meu coração pensando em como seria bom o seu toque e sua presença colada em minha mão. A mesma ponta final que me cala e me lança na mais dolorida escuridão, é a mesma ponta que se transforma em luz e abre todas as portas da minha vida para receber este amor. Talvez um platonismo explicasse tamanho jogo de extremos, mas me cansaria de procurar esta definição em seus livros. Prefiro poetizar para minha amada, ela existindo ou não, a forma tão grandiosa que meu coração proclama esta paixão.
Um comentário:
essa última frase ficou linda
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