janeiro 04, 2012

Dos doces deixados ao sol...


Deserto seco e repugnante. Cheiros confortáveis buscando um tato diferente em meu coração. Envenenado por horários inversos, que bailam em preces de meia idade, uma marca perdida no salão principal que saiu de cena cedo demais, perdendo o espetáculo como uma fumaça. Uma limpeza em meus pulmões aconteceu no momento que deveria ser certo pela última vez. Um momento de clareza é varrido da minha mente, como uma salva de palmas surdas e as vaias tomam conta de minhas poesias, meus pesadelos se encarregam das minhas muitas últimas chances. Eu tentei te ligar, mas os números voltaram para o pó inicial, sendo sugado pelo aspirador de porcelana que vive pendurado na parede do telefone. Tchau, adeus, até mais e espero nunca mais te ver foram as promessas rabiscadas atrás de uma fotografia sem um rosto desenhado. Esperei que a próxima canção me trouxesse lembranças que nunca aconteceram e me contasse uma história que não fosse documentada. Faça-me girar por planetas buscando apenas a faísca que me transformará em um mendigo de atenção. Vários papéis para um mesmo rosto fazem o cansaço principal esbofetear a sanidade e a televisão está ligada novamente no mesmo canal estático...

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