Os enfeites povoam a árvore da sala, a luz que se projeta ganha entornos conhecidos. O clima esquenta lá fora, mesmo a simbologia nos levando para algo mais frio. Como antônimos seguimos essa idolatria cultivada por desconhecidos. Refazemos planos, aumentamos nosso preço, baixamos guarda e começamos a lista enorme de promessas vagas. Os votos se amontoam, presentes são carregados nas mãos, falsas celebrações de mais um ano que se acaba - que mais um ano tece o fim. Sim, às vezes a mágica está em apenas aceitar essas bajulações e dançar conforme a música. Mas meus olhos não se acostumam e se cansam de ver tamanhas diferenças no comportamento. Como nas vitrines, apenas a imagem reluzida. Como na vitrine, a mentira dos valores e daquilo que queremos vender, mas que não conseguimos montar o preço. Como na vitrine, continuamos na dança das mentiras e da vida um tanto quanto longe do ideal...
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