Eu não sirvo para as jurinhas de amor que beiram a novela famosa. Eu não sirvo para acariciar um sorriso postado que beira a falsidade. Eu não sirvo para retribuir um amor que beira o inaudível. Eu não sirvo para entrelaçar dedos que não descruzam braços. Eu não sirvo para ser apenas mais um em meio a tantos. Eu não sirvo para ouvir comparações de astros que não brilham mais. Eu não sirvo para entender razões que se perdem como pó. Eu não sirvo para aquelas tontas comparações vazias em bordões baratos. Eu não sirvo para calar-me neste pretérito, que de tão imperfeito não conjugou. Eu não sirvo para ser temporário e, pensando por outros métodos, foi só o que você conquistou. Eu sirvo quando for para amassar e lançar no abismo infinito todas essas especulações baratas. Sirvo para apagar e reescrever novos passos. Sirvo para sorrir na chuva da desgraça e chorar na queda de alegria. Sirvo para poetizar uma nuvem, um silvestre ou a pétala de vento. Sirvo para a eternidade e sinceridade, pois elas são escassas e o mundo ainda não as conhece. Simples assim...
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