outubro 10, 2011

Dê um tempo em tempos…

Marcas, borrões, extrínseco e escuro. Falsos plantões, venenos de ironia, semblantes alheios e ignorantes lampejos. Arrependimentos, mãos juntas, olhares fundos e doce cinismo. Novos padrões, despedidas, tintas secas e sujeira de rodapé. Lendas, mitologias, sobrenomes e irritantes importâncias. Falta a ação, falta a alegria, falta a pureza e também o respeito. Ninguém mais olha para o lado, ninguém se preocupa com o interior, ninguém vence sozinho e ninguém beija a solidão. De agendas remendadas, compromissos infundados, nenhuma decisão e essenciais esquecidos. Enchi a mochila do mais puro nada, daquele que sempre me faltou no cotidiano. Calcei minhas bolhas inflamadas e fiz seus furos libertadores. Sorri da falsidade alheia, não me importei com chulas obrigatoriedades e saí para poetizar. Nunca ganhei nada até aqui, mas estou dando meu passo para o mundo que vislumbro melhor. Se errar, entenda, pode parecer muito estranho, mas meu destino é o pó inicial, exatamente igual.

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