Mando essa carta como alento para uma mente viajante. Escrevo para tentar liberar todas as energias de meu corpo, de meu coração que cansa de pulsar para um organismo sem muita emoção. Tento rimas tontas, neologismo básicos, rabiscos modernos e perfeitos significados. Tiro da matéria e tento voar por um espaço curto, pulando de planeta em planeta para ver o que de melhor cada um oferece. Estava esta imagem naquele livro que era para ser infantil, mas se perdeu em referências anuais e foi parar em uma música esquecida, da banda da rua extrovertida. Existem obrigações, existem caminhos e até mesmo as cores de nossas canetas. Tudo isso perde um pouco o rubro quando me lembro de você, de seu toque e do seu jeito tão irônico de me fazer sorrir. Perco o tato, o chão e até mesmo a direção no instante momento que tudo começa a surgir. Juro que as rimas não deveriam existir, pois escrevo em prosa o que o poeta não entendeu. Escrevo em frases curtas e até perdidas, o que o poeta esqueceu. Ele deveria ter te dito tudo isso, em forma de soneto, com grandes intervalos e redondilhas rarefeitas. Ele deveria te fazer perder o ar de tão alto que te levasse e transformar este amor em formas perfeitas. Rimo sem mentir, rimo para te fazer mais próxima de mim. Rimo para tentar resgatar tudo o que se perdeu, quando eu era um poeta para você. Rimo, pois se o poeta não existe mais, eu estou ainda aqui. Tento sem jeito, com pingos de medo, rimar até o que partiu. Mas o mais prazeroso, é que rimo meu nome ao teu, para fazer desta nova página um eterno começo sem fim.
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