dezembro 19, 2011

Um fim qualquer de um passo esquecido...


E deixei seus braços de veneno para que meus inimigos enxergassem toda a beleza emanada. Contemplei por anos meus passos frouxos e cansados que seu nome fez. Sem lembranças e sem destino, vivi como se fosse um vento noroeste perdido em um suspiro qualquer. Eu consigo fechar os olhos e viver um sonho. Consigo abri-los no meio da vida e enxergar o seu brilho. Eu consigo enxergar o caminho, mas é tão difícil seguir os passos pelas pedras. Elas passam voando pelos meus dedos e fazem as mudanças que querem nestes passos soltos. Talvez eu precise de uma droga nas veias, uma dose certeira de promessas e falsos moralismos. Beberia de uma fonte infinita um veneno qualquer que me levasse para bem longe. Viveria de extremos apenas para saber como é o tenro sabor de me sentir perdido. De me sentir preso a algo tão impossível e inexistente que me causasse medo. Talvez eu olhe muito profundamente para tentar saber a cor dos meus sentimentos. Destes mesmos sentimentos que ditam uma rotina ordinária. Eles seguem como os voos dourados de uma alcateia que se perde no coletivo. Eles seguem em busca daquele tesouro enterrado, guiando apenas pelo destino de um mapa com um "X" rasurado. Com ou sem melodias, eu me perco nas estrofes apenas para me desesperar por saber que sou completamente apaixonado por tudo o que você criou e me deixou morrer.

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