O rádio canta aquela canção triste e eu penso nas melodias perdidas que me fizeram chegar aqui. Todos partiram, todos me deixaram com rasgos imortais, letras isoladas e harmonias repetidas. Tentando andar e visualizar através de borrões premeditados. Tentando ser verdadeiro, não sendo coeso. Vivo em um limite imposto por tragédias coloridas. Caminho por momentos abafados e de risos rarefeitos. Questionamentos marcados em papel inexistente ganham a vida neste cenário que não consigo descrever. Enquanto desengato para viver a emoção da descida, seu espírito proclamava os últimos suspiros e o Adeus era concreto. Pobre garota que se perdeu entre planetas. Pobre garota que acreditava que nuvens eram algodões modelados. Pobre garota que se perdeu em uma falsa promessa, de uma quinta-feira nublada. Os versos escritos e cifrados voaram em algum momento e eu não pude buscar. Não pude trair meu instinto de poeta. Deixei-os voar livres e sem anseio. Deixe-os se perderem... E com eles, tudo acabou de uma maneira melancólica. Todo um possível trabalho único. Toda possível música especial. A canção se perdeu, mas você ainda canta as mesmas coisas... Você ainda canta em alguma varanda pintada de anis.
2 comentários:
Não eu não canto mais.
Mas quando ouço algumas músicas,me lembro.
E se sonhar e ainda acreditar me torna uma pobre garota, sim eu sou uma pobre garota.
Que ainda acredita que há algo de bom, nesse poeta que preferiu escutar seus instintos.
Coragem... Doce coragem... E o entendimento do texto está, acho, que partido... A pobre garota só é pobre em minha vida... Ela ainda tem a sua varanda e ainda canta, ela nunca parou de cantar...
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