novembro 11, 2011

De profecias mundanas perdidas...

Perdem-se momentos profissionais que foram o início de tudo. Perdem-se as brincadeiras de corredor e lembranças esquecidas de uma noite qualquer de estudo. Perdem-se, nas entrelinhas, diversos sonhos e diversas divagações de um futuro tão diferente, quanto estranho. Perdem-se laços antes infinitos, mas que na parte real, foram mais finitos que muitos outros laços finitos. Perdem-se aqueles momentos alegres, de soltura e de graça inteligente. O que resta nesses dias de datas iguais? Poucas coisas, poucos agradecimentos e poucas sinceridades verdadeiras. Apenas se salvam os poucos pontos de clareza da vida, os poucos que ficaram depois da tempestade de inverno. O resto, se é que por um segundo se lembrou, nem tiveram a memória suficiente para lembrar. Todas as outras datas parecem não ter força para serem lembradas. Toda aquela tradição se resumiu a dois pontos que ainda sorriem, nas conversas, nas andanças e nos poderes de tudo. Só restaram dois pontos de toda uma pequena e, talvez, poderosa aquarela. Só restaram dois pontos de uma tradição que começou há oito datas atrás e, se tudo correr bem, termina no próximo ano. Depois, é necessária uma nova tradição, com novos pontos e nenhuma ideia de ser infinita ou ter alguma consciência.

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