novembro 17, 2011

Por uma cena, um crime distante...

Por uma tela árida se passam os sonhos de uma época. Tecem sonhos e corridas infantis descompromissadas. Mentiras são encobertas e depois enviadas para o futuro. Fidelidade e gritos de pavor brando são soltos vez aqui ou ali. A paisagem nunca muda, pelo menos aos olhos de um apaixonado. Cada lembrança é uma epopeia, uma cantiga de ninar os dias difíceis e vira tudo um grande conto de um caderno empoeirado. A vida não mostra um enredo, ela monta os capítulos de forma aleatória. Cabe ao olhar sereno, força e coragem para guiar a história. Toda volta trágica tem um sinal de redenção. Toda veia deportada um encanamento viral. Tudo tem o nada que se completa para o diário. O sol, a chuva e as mudanças de temperatura seguem o ritmo misterioso. Um pedido de desculpas é esquecido, um aperto de mão ignorado. Um beijo é silenciado e o pedido de amor zombado. Sim, a vida brinca de entender e os espectadores sonham em descobrir como será a frase final.

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